quinta-feira, 28 de junho de 2012

Aquele momento em que ...

... falta 1h pra sua visita chegar, você olha pra geladeira e pro armário (sem nada) e diz: DANOU-SE

Justamente o que aconteceu comigo hoje!

Eu, toda paquita, convido uma super amiga pra passar a tarde comigo, batendo um papinho, colocando as novidades em dia e, obviamente, para almoçar. Só que a esperta aqui esqueceu de organizar tudo na noite anterior! (cabe uma ressalva vai, eu sou mãe de uma criança de 1 ano e meio, mereço uma colher de chá!)

E o que aconteceu? O inevitável! A queda livre da alegria em direção ao desespero, visto que só tinha alguns cacarecos congelados e tudo em porções individuais. O que fazer? *pensa pensa pensa pensa, corre pro google, nada, pensa pensa pensa, sua frio, pensa mais um pouco... tcharaaaam!!!!*

Eis que me surge uma idéia ao olhar o congelador, porque é no perrengue que a coisa acontece neh?
Juntei: massa pronta de lasanha com antepasto de berinjela e abobrinha + queijo prato e a sobra do molho de queijo e rucula que mencionei no facebook. Daí nasceu a LASANHA DA SALVAÇÃO!!!!

*voz de locutor ao fundo*


Só coloquei em camadas, e forno! MaRRRRavilha!


Pra dar uma incrementada e não deixar a visita perceber o status pobreza no qual me encontrava, piquei: 1 pedaço "sobrante" de repolho que usei para o almoço do meu filho + 1/2 cenoura ralada + maionese + limão + mostarda e nasceu: A COLESLAW ADAPTADA AO APURO DOMÉSTICO.
Foi só misturar tudo que ficou show




























E a finalização foi aproveitar: 1 linguiça guanabara que chorava forever alone na geladeira + massa de muffin para criar ooooooo: MUFFIN DE LINGUIÇA (essa receita foi da net mesmo)


Bom, depois da tempestade, a bonança, ja dizia minha bisavó.
No final das contas, até que ficou um almocinho bacana. A unica ressalva - culpa do status pobreza - foi a quantidade de molho da lasanha. Se houvesse mais, teria deixado a massa melhor, mais cozida e saborosa. Salvo isso e dada a urgencia e escassez (rs), tudo correu melhor do que o esperado


Aqui cabe aquele ditado que não lembro, da criatividade... só confesso que foi muito divertido!!

Para o Muffin de linguiça - com minhas alterações

1 1/2 copo de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de sobremesa de sal (usei de café pois os outros ingredientes são salgados)
2 colheres de queijo parmesão ralado (não usei)
1 xícara de mussarela picada (usei queijo prato)
1 xícara de linguiça picada (fritei bem antes de incorporar)
100 g de margarina derretida (usei 5 colheres de sopa de qualy light)
1 xícara de leite
2 ovos

Misture a farinha com o fermento e reserve.
Em outro recipiente, bata os ovos e adicione a margarina e a linguiça já picada e frita.
Junte o composto à farinha e adicione o leite, mexendo até incorporar.
Despeje em formas de muffin ou em uma assadeira média, levando ao forno por cerca de 35 min ou até dourar no topo.
Caso utilize formas de muffin, coloque massa até 2/3 da capacidade, pois cresce bem e pode derramar

Delicioso!



























você, já precisou criar algo na correria e se deu bem?   
Conta pra mim ; )


terça-feira, 26 de junho de 2012

Bolo com glacê de limão


Honestamente? Fiz quém quém pra essa receita.
Não que não seja gostoso, é sim! Mas não é o tipo de massa que me agrada. Consistente demais. 
Prefiro os mais fofinhos e aerados, mas é questão de gosto neh? 


Assei ontem para receber alguns amigos em casa, e para minha surpresa, o bolo é super pequeno.
Suponho que, justamente pela massa ser consistente, não renda como o esperado. Questão de adaptação...acho que dobro a receita em uma próxima tentativa e tento deixa-lo mais fofinho adicionando claras em neve ou qualquer outra coisa, rs

Peguei daquela coleção "A grande cozinha" da Abril. Nunca coloquei muita fé nestas coleções, principalmente depois de ler algumas receitas com ingredientes faltantes e instruções confusas. De qualquer forma, para quem quiser tentar, as instruções seguem abaixo


2 ovos
1 limão
140 g de farinha de trigo
1 col café de fermento em pó
5 gotas de baunilha
50g de manteiga
80g açucar confeiteiro
1 pitada de sal

Lave e seque o limão. Rale fininho a casca e esprema o suco. Peneire a farinha junto com o fermento. Numa panela pequena, derreta a manteiga e forre com papel manteiga uma forma de bolo ingles com cerca de 20cm.

Em uma vasilha, coloque os ovos levemente batidos, a casca do limão ralada e uma pitada de sal. Bata o composto por alguns instantes com um batedor de arame, incorpore a farinha peneirada e a manteiga derretida amornada. Adicione as gotas de baunilha e misture até que obtenha uma consistencia homogenea. Despeje na forma e asse em forno pre aquecido a 200 graus por 7 minutos e depois, por cerca de 35 minutos a 180 graus.

Retire o bolo do forno, desenforme descartando o papel manteiga, e coloque-o para esfriar em uma grade.

Prepare o glacê adicionando o suco peneirado do limão ao açucar de confeiteiro até a consistencia desejada. Cubra o bolo e leve ao forno rapidamente para fixar o glace




No geral, agradou. Com sabor e aroma pronunciados de limão e o glacê é delicioso... vale a pena em uma tarde chuvosa ou quando os limões sobram na geladeira pedindo misericórdia, rs

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Culinária de marido (Massa com gemas, Salada com ervas e chá gelado de rosa silvestre, hibisco e amora)



Quarta-feira, dia 20, foi aniversário da esposa e como acordei as 4 da manhã para pegar latinha na rua, às 8h00 fui para a Unicamp, na hora do almoço doei sangue para ganhar uns trocados, a noite fui dar aula na faculdade e logo após fiz um bico de garçom, não deu tempo de preparar nada especial. Sobrou tempo apenas para entregar o presente que tinha comprado: um livro de receitas do Jamie Oliver que já estava dando lombrigas e febre na amada. Aqui, confesso uma coisa: como não o conhecia, fiquei um pouco de bode pois o único Oliver que eu lembrava era aquele do teste de fidelidade. Não dá para ficar de costas perto desse cara nem do Fabio Jr!

Recuperado do susto, veio na cabeça que fazer apenas uma dedicatória no livro soaria simples demais, dessa forma resolvi aventurar-me na cozinha e estrear o livro, fazendo uma receita e dedicando a Sheila. Na tentativa da escolha, senti-me um ET! Tem nome de ingrediente que nunca vi na vida. Alguém sabe o que é estragão? Nunca vi isso e o pior é que fui ao varejão, na esperança de alguém saber o que era, mas me confundi e pedi para o atendente “esporão”, claro que não achei e devo ser motivo de piada até agora no hortifrúti.

Enfim, vamos ao que interessa. A receita escolhida foi “Massa com gemas, Salada com ervas e chá gelado de rosa silvestre, hibisco e amora”. Logicamente adaptei às minhas limitações.

Para começar abri uma cervejinha gelada que estava mais de um mês na geladeira, com intuito de ficar mais macio, mais soltinho, mais “moleque piranha”. Em seguida coloquei uma musica afeminada para dar aquela inspirada. Prossegui com a separação de todos os ingredientes e recipientes que utilizaria. 




Para a massa:
125g de queijo parmesão
casca e suco de dois limões
½ maço de manjericão
500g de lasanha fresca
1 dente de alho
1 pedaço bem pequeno de gengibre



Para a salada:
1 dente de alho 
1 maço de rúcula
½ maço de manjericão
1 maço de hortelã
1 punhado grande de uvas sem sementes (Usei a Crimson que é mais doce).
100 g de copa defumada (ideia minha, o original era pancetta, mas não agrada o paladar aqui de casa).


Modo de preparo:
Encha uma panela grande com água fervente, coloque-a em fogo alto e tampe. Instale o disco de ralar fino no processador de alimentos. Separe cuidadosamente os 2 ovos, coloque as gemas em uma tigela bem grande. Junte às gemas 3 colheres (sopa) de azeite e uma boa pitada de sal e pimenta. Rale o parmesão no processador e coloque-o na tigela das gemas, junto com a casca e o suco dos limões. Reserve algumas folhas pequenas de manjericão, depois divida o restante em duas partes. Coloque uma parte num pilão, junte o gengibre e o dente de alho e soque até obter uma pasta verde. Pique grosseiramente a outra parte. Passe as duas para a tigela com as gemas. Misture tudo e tempere com sal e pimenta a gosto.

Coloque as copas numa frigideira sobre fogo médio e adicione o dente de alho esmagado. Quando as fatias estiverem douradas, vire-as e doure do outro lado. Enquanto isso, despeje a rúcula do pacote sobre uma travessa de servir. Rasgue por cima algumas folhas de hortelã e manjericão, depois acrescente um punhado grande de uvas cortadas ao meio. Quando a copa estiver frita e crocante retire a frigideira do fogo. Mexa a salada e distribua por cima a copa crocante.

Empilhe as folhas de lasanha em uma tabua e corte-as em tiras finas. Coloque as tiras na panela com água fervente e junte uma boa pitada de sal. Mexa, deixe a tampa semiaberta e cozinhe em fogo alto por 4 minutos. Como essa massa deve ser consumida logo após o preparo, nesse momento chame todos para a mesa. Escorra a massa, guardando um pouco da água do cozimento. Junte o molho e misture bem. Para finalizar acrescente um pouco do queijo ralado por cima e se necessário adicione sal e pimenta.


Para o chá, adicione em uma jarra 3 saquinhos de chá de rosa silvestre, hibisco e amora com 500 ml de água fervente. Após 1 minuto de infusão retire os saquinhos, adicione duas formas inteiras de gelo, duas colheres de açúcar e um punhado de hortelã picado. 

Agora e só servir e se surpreender com essa miscelânea de sabores. Se ficou bom ou não, quem vai dizer é a amada esposa.


Frango Ensopado - ou Frango ao Molho (por Felippe Pompeo)


Trivial é trivial... Dia a dia, correria. Toma banho, vai trabalhar, almoça qualquer coisa em qualquer restaurante de esquina, volta pra trabalhar. No meio da tarde mata a larica com um biscoito ou com um pão de queijo (extremos, pra quê te quero). Sai do trabalho, passa em algum lugar (sempre tem algum lugar pra passar antes de voltar pra casa). Arruma casa, limpa isso, aquilo. Olha no relógio e você já queria estar na cama. MAS AINDA TEM QUE FAZER JANTA!!!

Só peço pizza de sexta feira e olhe lá... Ás vezes – veja bem, ás vezes – eu tenho uma graninha sobrando pra gastar uns 60% a mais do que seria um jantar em casa. E quase sempre minha geladeira está um deserto frio, uma Antártida bem naquele ponto em que nem o melhor GPS do mundo acha... Faço compra do mês (que piada) e não dura nem 15 dias. Tenho certeza que também é assim com vocês. MAS ontem eu tinha a geladeira farta, graças! Então vamos ao trivial.

Frango é um bicho fedido. Quando estiver limpando ele, entre a pele (se você gosta de manter a pele) e a carne há uma gosma nojenta que você deve tirar raspando a faca, lave em água corrente. Você vai ver essa gosma saindo entre seus dedos. Nojinho não faz parte da cozinha, se você tem, pare e peça uma pizza. É essa gosma que deixa o frango fedido e se você não tirar, teu frango vai ficar com gosto de pena.

Temperar um frango é uma incógnita. Minha mãe – essa receita é dela, de cabo a rabo – diz que sal é o segredo. Ela faz o melhor frango ensopado do mundo e infelizmente ela vai levar essa maravilha pro túmulo. Aproveito enquanto é viva... Mas, voltando: sal, alho, pimenta, colorau, orégano, noz moscada... o que você quiser! Eu uso (por uma questão de preguiça e por estar cozinhando pra mim e minha mulher) aquele “Meu frango assado”, da Knor e mais nada. Veja bem, quando se usa esses temperos prontos, não coloque sal. 


Eu tinha 2 coxas e 2 sobrecoxas. Usei o tempero todo (um pouco demais, mas eu sou corajoso) e usei o saquinho para misturar bem todo esse tempero. Sempre coloque um ácido – vinagre, limão ou vinho branco seco (gourmet!), eu usei vinagre, uma colher de sopa apenas.


Óleo na panela – você pode usar oliva, uso óleo quando quero o sabor mais caseiro possível. Entra outro segredo: deixe esquentar BEM! Jogue o frango com cuidado e tampe a panela imediatamente. Fogo médio. Em 2 minutos abra e mexa. Feche de novo. Fogo baixo. Em 5 minutos abra e veja – o molho deve estar bem grosso e com cor bem marrom escuro – sendo assim, meio copo americano de água no frangolino, fogo baixo e tampe. Imagino que de 15 a 20 minutos o frango estará cozido. Administre o molho (que por cima de um arroz branco é de querer a vida por mais 40 anos), ele deve ser grosso. Ou seja, se o seu frango estiver cozido, mas o molho estiver ralo, deixe mais um tempo (sempre com a panela tampada porque daí cria o efeito “chuva”). Se tiver grosso, desligue e pronto.


Havia a acelga que sobrou do Yakissoba. Cortei-a bonitinho. Óleo na frigideira e alho amassado (quando eu uso alho, USO MESMO, uns 5 dentes). Aí eu cometi um deslize: aquele potinho de caldo de legumes da Knor é muito bom (se usar, não coloque mais sal), só que eu usei um inteiro, calculei errado e ficou salgado. Se for fazer, use meio potinho e vá dosando. E o ACASO, ah, o acaso, nosso grande amigo, me fez usar um pouco de creme de leite para corrigir o sal. Não corrigiu, mas ficou muito bom e temos uma nova forma de comer acelga refogada.

Pra terminar, batatas fritas! Porque eu sou filho do bom Deus e mereço me esbaldar no que dizem ser a salvação para os países que passam fome: a batata! Linda, maravilhosa, versátil, toda rígida, mas que cede ao darmos um calorzinho... E não tenha vergonha de facilitar sua vida, compre as congeladas. Se você tiver saco, pegue um sabadão e descasque um quilo dessas maravilhas, corte em palito, esquente bem o óleo, jogue-as lá por 10 minutos, tire, deixe esfriar e congele. É assim que eles fazem. Mas eu duvido que você vai ter esse saco.

  
Monte do jeito que quiser, com farofa pronta, crua, prato de pedreiro, mistura tudo... Afinal, você está em casa.
Acho que vou ligar pra Knor e dizer que sou o garoto propaganda deles...

domingo, 24 de junho de 2012

Testei e aprovei (Great Value No bake Cheesecake)


Dia desses estava no Walmart e resolvi testar um dos produtos da linha Great Value que comercializam por lá. Achei o preço meio salgado, mas como quem me conhece bem sabe, a curiosidade é maior do que o bom senso, então levei a caixa do tal cheesecake pra casa.

Ao abrir a caixa, a primeira impressão não foi das melhores: 2 pacotes de um pó inimaginável e instruções simples demais para resultar numa boa sobremesa. Porém, não é que me surpreendi?! 


O pacote menor traz a mistura para o fundo da cheesecake, como que uma farofa de biscoito. Até aqui, nada demais. O pacote maior traz um pó claro com forte aroma de baunilha, que seria o recheio. OK, vamos lá ver no que vai dar, pensei.

Bati o pó de baunilha na batedeira com 1 1/2 xícara de leite gelado até tomar consistencia de creme, em torno de 3 minutos. Despejei por cima da massa que foi feita misturando o pó de biscoito com 5 col sopa de manteiga derretida. Geladeira por 1h, mas deixei 3h.


Para incrementar, um brigadeiro simples com 1/2 caixa de creme de leite por cima e tcharaaaammmm! Delicioso! 
Sinceramente, achei um pouco doce demais para o meu paladar, talvez o publico alvo sejam crianças, rs, mas conheço algumas amigas que se esbaldariam neste mar de dulçor e calorias cremosas...  uma alternativa seria substituir o brigadeiro por uma cobertura azedinha, como uma geléia de frutas crítricas ou apenas frutas in natura. No geral, recomendo para os momentos de emergencia e preguiça. afinal de contas, fazer cheesecake dá um certo trabalho, não é tão simples acertar o ponto e...e.... ah, é sempre bom ter esses cacarecos industrializados no armario!! rsrs



sexta-feira, 22 de junho de 2012

Oeuf en cocotte



Adoro preparações praticas e graciosas, elas reforçam minha fé na comida simples que salta aos olhos e aquece o coração.

Eu poderia simplesmente fritar um ovo, fazer omelete... mas, porque não deixar tudo mais bonito? E o melhor, sem trabalho adicional algum? Garanto que levei menos tempo pra preparar este lanche do que levaria para comprar pão francês na padaria da esquina, rs
Não há segredo tão pouco dificuldade, basta adicionar o que tem em sua geladeira. Com jeitinho e com carinho vou querer servir também (Bela e Fera always on my mind!)

Aqui foi - 1/4 de linguiça frita em fatias finíssimas + 1 pedaço de tomate em cubinhos + 2 col sopa de iogurte natural desnatado + salsa + parmesão em lascas + 1 ovo caipira + sal e pimenta



Após 10 minutinhos em forno pré aquecido, nada mais te impede ao deleite! rs


A minha gema ficou mais durinha, da próxima, deixarei menos tempo para ela escorrer ao ser tocada... o brilho amarelado de uma gema molinha me fascina *o*

Acompanhamento perfeito para torradas ou biscottis salgados





quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lasanha alternativa (por Felippe Pompeo)



Minha ideia era fazer uma espécie de escondidinho de frango. Fiquei inspirado pela receita de Torta de Batata que a Sheila postou no blog e pensei: porque não? Mas o acaso está com a gente. Ele nos protege e nos influencia. Ele – o acaso – é o grande divisor de caminhos previstos e você acaba percorrendo outro, mesmo que lá no fim as coisas se cruzem de uma forma ou de outra.

Comprei os insumos, tudo belezinha. Então chego em casa e a internet não funcionava. Lá se vai minha cola da receita. O que fazer? Improvisar - é claro. A começar pelo fato de eu nunca ter feito um escondidinho na vida e não saber qual é o ponto exato do “creme” que vai por cima da carne que você escolher. Então a solução para um jantar de sucesso foi seguir com o plano e ver no que dava. O plano era o seguinte: faria um recheio bacana de frango desfiado e cobriria com a tal torta da Sheila. E vamos ao que rolou.

Eu tinha um peito de frango gigante – mais ou menos umas 600 gramas – e optei por usar metade dele (congelei a outra metade). Numa panela eu o cobri com água, pimenta do reino, um tempero para frango qualquer (desses que sobram na geladeira), e um pouco de salsinha (só pra dar um brilho, se é que você me entende). Cozido, peguei o bichinho e desfiei. Dá trabalho, mas é muito gostoso peito de frango desfiado.

Numa frigideira derreti manteiga (sempre sem sal e use margarina apenas se você tiver só margarina) e suei uma cebola média (usei a roxa). Depois coloquei o frango desfiado e uma lata de tomate pelado. Perceba que estou dizendo “eu fiz isso, eu fiz aquilo”, justamente para forçar a coisa do acaso. Deixe reduzir esse molho de tomate. Tempere com sal e pimenta. Prove (nunca deixe de provar). Gosto de abrir a geladeira e ver o que está sobrando e prestes a perecer. Havia um requeijão no fim, uma colher de sopa exatamente. Usei e curti a cor que deu. Tinha um leite indo pro brejo e coloquei ele também (algo como meia xícara de chá). Deixei ali mais um tempo até reduzir bem bacana. Coloquei uma colher de sopa de amido de milho (Maisena - é claro, a melhor. O resto tem gosto de amido. Dissolvida em meio copo americano). Reservei.

Aí aquela tal de torta de batata. Net não voltava. Não sabia o que fazer... Comecei ralando batatas, uma por uma, até ter a quantidade suficiente. No fim das contas foram três batatas raladas. Aqueci mais manteiga, suei mais cebola (dessa vez a comum mesmo) e joguei a batata. Lembrava-me que na torta ia leite. Coloquei o suficiente para virar um creme. Aí a gente percebe que amido é coisa séria, ainda mais se for amido de batata. A coisa engrossou de tal forma que foi preciso abaixar o fogo e ir colocando mais leite, pois eu queria a batata desmanchando. Provei e estava com um gosto estranho de arroz. Rs. Sério. Coloquei mais uma colher de manteiga, glutamato (o Ajinomoto), sal e noz moscada (todo molho branco vai noz moscada). Aí ficou bacana.

Em uma forma eu despejei o frango. Por cima dele veio mais uma sobre de geladeira – uma couve flor que havia sobrado do Yakissoba. Uma boa técnica de congelar um legume é pré cozinhá-lo (cinco minutos na água fervente e depois direto para a água corrente da pia, sendo que o certo é água com gelo, mas além de dar mó trampo, nesse frio que anda fazendo a água corrente é o suficiente para quebrar o cozimento) embalar e freezer! Enfim... Piquei as sobras de couve flor e distribuí em cima do frango. Em seguida um pacote inteiro de queijo parmesão ralado (qualquer um, só pra dar um tchã). Joguei o “creme de batatas” e finalizei com fatias de queijo prato (como dizia a receita da Sheila) cerca de 150 gramas. No fim das contas fui perceber que o colorau fez uma baita falta, mas não havia no único mercado que resolvi parar no caminho de casa. Quase comprei páprica picante, mas fiquei com medo.

Forno. Todo o processo que parece frescura é importante. Pré aqueça no talo, no máximo, no vulcão das fendas da perdição. Depois de dez minutinhos abaixe para 180° e coloque a massaroca lá dentro. Vá ver Friends, Walking Dead, Big Bang Theory, He-Man, Jaspion, You Tube... Eu estou vendo Game Of Thrones. Eu poderia dizer aqui trinta minutos, mas quando você cozinha há tempos você se deixa levar por outras coisas além do tempo... O cheiro, por exemplo. Existe o cheiro do “está pronto”. Se estiver inseguro deixa o queijo derreter e o molho borbulhar.


Aí foi isso. Tirei do forno e vi o que havia acontecido. Cortei um pedaço para tirar a foto e disse “poxa, virou uma lasanha alternativa”. O gosto? De comer a tigela toda. 

Manteiga aerada estilo Outback + pão fleischmann


Quem nunca foi ao Outback e ficou se perguntando COMO eles fazem aquela manteiga suave e aerada que servem junto com o aussie bread?

O pão em si, já não é mais mistério, visto que há inumeras receitas pipocando na net e a própria Fleischmann vende uma mistura pronta que, apesar de deliciosa, não chega aos pés do pãozinho do restaurante. Pra mim, deveria ser mais doce, com o melaço mais pronunciado... talvez repita o preparo adicionando estes ingredientes e ver o que dá ; )


Quanto à manteiga, não há coisa mais simples nessa vida! Eu, imaginando que deveria ser uma receita ultra secreta, cheia do mimimis. Que nada! Manteiga (MANTEIGA, não margarina) sem sal em temperatura ambiente batida com água gelada. Só isso.

Vi muita gente batendo creme de leite fresco e fazendo mil piruetas na cozinha sem sucesso, mas essa forma é perfeita! A manteiga fica igualzinha, acredite!

É só colocar na batedeira a manteiga e adicionar, aos poucos como em fio, a água gelada e bater sem parar, até virar um creme esbranquiçado e aerado. Voilá! Sua manteiga outbackiana está pronta!





Casamento ideal com aussie bread e um cafézinho fresco, que tal?

Este foi meu café da manhã... à todos, um lindo dia o/

terça-feira, 19 de junho de 2012

Batata doce cozida-frita



Ontem, um novo mundo se descortinou diante dos meus olhos: aprendi a fazer a batata doce perfeita!

E voce pode dizer "ahhhh, quem não sabe? Grande coisa!". Mas ó, sinceramente, será que somente eu nesta Terra não sabia prepara-la dessa forma tão simples e eficaz? Porque lhe dou minha mãe como exemplo: ela sempre cozinhou a batata na pressão com um pouco de açucar (dizendo que ajuda a preservar o dulçor) e depois a fritava, ou seja, 2 etapas.

Daí que, intrigada, resolvi pesquisar. E encontrei a forma mais prática de preparação - cozida e frita ao mesmo tempo.

Confesso que fiquei com medo, pois as aulas de quimica mais elementares me provaram que água e óleo ao fogo, não dá mto certo... ok. Só que não podia deixar de tentar.

Receosíssima, comecei a preparação e vi a mágica acontecer. Gente, parece brincadeira e um exagero da minha parte, mas é que a criança em mim veio à tona em meio aquelas borbulhas imensas e o chiado violento da panela. Achei o máximo!!! Água e óleo juntos, e o principal - minhas batatinhas crocantes por fora, macias por dentro e totalmente adocicadas!

À partir de hoje, eu sei o que é viver!!!

Foi assim: 1 batata doce descascada em rodelas (da próxima, cortarei em pedaços menores pois ficam mais crocantes e saborosas) - 2 xícaras de óleo - 1/2 xícara de água. Tudo junto-ao mesmo tempo-agora em uma panela alta com fundo grosso. Isso é importante pois a mistura borbulha horrores, respinga e é meio tenso, como toda fritura. O bom dessa técnica é que não deixa cheiro algum, o motivo mais forte pelo qual eu não faço imersão em casa.

Bom, ao acender o fogo com todos os ingredientes na panela (isso mesmo, tudo junto!), verá que começará a borbulhar e aumentar a intensidade gradativamente. Isso é porque a água estará evaporando enquanto cozinha as batatas. Depois de alguns minutos (aqui, cerca de 10) o óleo ficará mais escuro e o chiado diminuirá. Tenha paciência, pois se tirar as batatas antes da hora, não ficarão do jeito que queremos! À partir deste momento, a fritura começará e aí voce pode determinar como quer suas batatas. Eu gosto bem douradinha!

Desde o início, em que se liga o fogo, até o final, creio que seja algo em torno de 15 minutos.
Ao tira-las da panela, coloque em um prato raso com papel absorvente e verá que estão totalmente sequinhas, mal sujando o papel

Ao experimenta-las, uma grata surpresa: extremamente macias ao centro, casquinha crocante e o dulçor totalmente concentrado. Mágico! As memórias de infancia registradas aqui saltaram ao paladar, olhos e coração. Do jeitinho que amo, do jeitinho que me faz ser feliz.

Porque comer para se satisfazer fisicamente é muito sem graça. Bom mesmo é aguçar os sentidos e lembranças, viajar sem sair do lugar e ter a certeza de que a vida tem tantos encantos quanto temperos e sabores.

Agora, se alguem já sabia desse procedimento e me olhar com estranheza do tipo: "mas é ÓBVIO que se faz batata doce assim", eu vou entender. Afinal de contas, um dia voce também aprendeu, não é? Eis a graça do saber.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Yakissoba (por Felippe Pompeo)

"O prazer dos banquetes não está na abundância dos pratos e, sim, nos amigos que nos acompanham à mesa"




Pompeo mais uma vez, nos presenteia com uma linda foto (de aguçar todos os sentidos e causar inveja em quem, como eu, AINDA não almoçou) e um texto igualmente delicioso

Simples como todo prazer deve ser...



O melhor Yakissoba do mundo é aquele que vende na Praia Grande, sujo e encardido. Toda vez que eu faço um, é naquele que penso. Gosto também do que o Lig Lig entrega. Não gosto do que vende na Feira Hippie (eles carregam demais na pimenta do reino, abrasileirando demasiadamente a receita). Aquele que vende congelado no mercado é um insulto. Então tive que aprender a fazer o macarrão chinês – e digo já: o meu é muito, muito bom.

Entre erros e acertos – afinal, é disso que se trata cozinhar – cheguei a minha noção exata de um bom Yakissoba. Lembro-me de tantas e tantas vezes em que salguei o prato ao ter esquecido da mera noção de que o sal vem do molho de soja.

Experimentei todas as massas que do mercado e lá vai minha primeira dica: a melhor é o macarrão instantâneo, aquele que parece miojo. Há uma marca da embalagem verde que vem 500 gramas e está escrito “Macarrão para Yakissoba” – infelizmente a marca me foge da cabeça, mas vende em todos os mercados.

Outro enigma é o molho. Aprendi sobre molhos mães e o do Yakissoba é um danadinho que começa com osso bovino assado por 40 minutos no forno e depois vira um caldo de carne pra lá de saboroso. Mas isso dá muito trabalho e gasta muito gás.

Tentei, certa vez, cozinhar o macarrão com água e shoyo para ver se dava aquela cor. Errado. Fiz de tudo. Até que a Sakura lançou o “molho para Yakissoba”, e posso te garantir que é o melhor que existe. Outro segredo desse prato chinês é saber a quantidade de legumes e carne a ser utilizado. Vocês irão perceber que toda vez que eu der minhas receitas aqui, nunca irei colocar medidas e pesos, porque não é assim que eu faço. Aprendi com minha mãe que o olho é a melhor medida.

O que vocês têm que entender é que, no caso do Yakissoba – que vai bastante coisa – o segredo do sucesso é um pouco de cada. Um pouco de brócolis, um pouco de couve flor (corte-as bem pequenas, para ficar homogênio no fim das contas); um pouco de acelga e procure preservar em quadrados a parte grossa da folha, ela fica parecendo com cebola, é lindo; um pouco de repolho branco (nunca o roxo para esse prato – NUNCA) metade de uma cenoura grande ou uma pequena cortado do jeito que você quiser – eu preferi em chiffonade, que é tipo tiras – dá um Google que ajuda; cebola também em chiffonade – eu sei picar e cortar nas técnicas porque fiz gastronomia, mas é só ver um programa de culinária na TV que você aprende ou dar o Google novamente; um pouco de pimentão verde também vai bem, cortado em quadrado; usei coxão mole em tirinhas de mais ou menos um centímetro por cinco; e quase todos os meus preparos que têm molho em abundância eu uso cebolinha cortada (não pique, apenas corte) pois a cebolinha pra mim é sagrada.

Antes de mais nada tempere a carne (se estiver inseguro com a quantidade, use umas 300 gramas que tá massa) com ¼ do molho Sakura para Yakissoba e só, não precisa de mais nada.

Aqueça uma frigideira com óleo (não azeite, Yakissoba é óleo do que você quiser, menos oliva). Deixe esquentar bem e jogue a carne lá. Delicia-se com o tchóóóu e veja a reação dos presentes na sua casa ao sentirem o cheiro quase agonizante. Mexa um pouco só para disponibilizar bem a carne na frigideira. 

Depois de uns dois minutos mexa pra valer e abaixe o fogo. O molho deve reduzir. Aí vai a sequência – cebola (deixe ela murchar); depois cenoura, brócolis, couve flor e pimentão ao mesmo tempo. Coloque o restante do molho sakura (sim, tudo, deixe seu yakissoba encharcado) e tampe. Cozinhe até que os vegetais fiquem tenros. Some a acelga e o repolho e cozinhe mais um pouco. Depois disso tudo, use um pouco de glutamato se você gosta (eu adoro) -  o tal do Ajinomoto.

E um truque que aprendi meio que sem querer: se você não colocar o que eu vou dizer, esqueça tudo o que fez até agora – óleo de gergelim torrado, 2 colheres de sopa apenas, no final de tudo. Não se esqueça da cebolinha picada. Tampe e reserve. Cozinhe o macarrão (demora uns 4 minutos), escorra.

Enxugue bem a panela que usou para cozinhar o macarrão e aqueça umas colheres de sopa de óleo. Jogue o macarrão nesse óleo e frite mexendo bem (vai grudar um pouquinho, normal). E outro truque: é o molho que é jogado no macarrão e não o contrário, pois fica mais fácil de juntar tudo, mexendo, é claro. Sirva com prato raso, prato fundo, direto na panela... Do jeito que quiser.

Lembrando que é um prato um tanto salgado – uma coca-cola vai bem, ou um suco. Se você é corajoso coloque no seu prato (no seu prato hein!!!) uma boa quantidade de molho de soja e seja feliz pra sempre. 




Cozinhar é simples, mas dá trabalho. E cada prato tem o seu grau de trabalho. A dificuldade depende do quanto você está disposto a ficar em pé, não apenas na beira do fogão, mas também na beira da pia ou de uma bancada preparando seus insumos. Cortar, picar, lavar, arrumar, selecionar, comprar, improvisar. Tudo é uma grande soma de fatores prazerosos. Sim, cozinhar é pra quem gosta, e quem gosta sente prazer em estar na cozinha. 


Cozinhar também é pra quem gosta de comer, não apenas matar a fome. Do trivial ao elaborado, a alquimia que há dentro de uma panela em ebulição remete aos contos de magos e bruxas fazendo suas poções do amor. Você conquista com uma garfada, faz as pessoas gemerem literalmente ao testarem seus sentidos com a conhecida explosão de sabores. Aquele maravilhoso “hmmmmmm” de olhos fechados, quase como um orgasmo, pra não dizer melhor que, e a gratidão eterna por participar desse momento único que é comer.

Comemos com os olhos, com o nariz e, por último, com a boca. Não é necessária uma apresentação estrondosa com aquele ramo de cebolinha ou uma pimentinha no canto do prato para ele ser bonito. 


Quantas vezes você abriu a panela da sua mãe e havia aquele frango ensopado saindo um vapor inexplicavelmente cheiroso? E isso é lindo! Até quando não se tem fome caímos na tentação de experimentar algo tão apresentável. Se não fosse assim, não haveria o riquíssimo comércio de comida em todo o globo e os franceses não seriam os mais astutos. E se não desse trabalho, não sentiríamos vontade de sentar-se à mesa de um restaurante e pagar pelo trabalho que não tivemos. 


Desde já, aquele prato fantástico que você comeu num restaurador de ânimo (vulgo restaurante) é perfeitamente possível de ser feito em sua casa. Lembre-se: há um cozinheiro lá dentro que muitas vezes está encarando o seu feito apenas como trabalho. É a coisa mais fácil do mundo perceber quando a comida foi feita sem vontade, sem carinho e sem dedicação – e pagar por isso é lamentável.

O trivial deve ser perfeito. Comer um arroz e feijão mal feito é imperdoável. Fritar um bife de alcatra deve ser de regra suculento (é claro que temos espaço para os erros, só assim aprendemos). 


Refogar uma cenoura ou um repolho; saltitar um frango em cubos com cebolas; assar batatas; fritar peixe; comer, comer e comer... Nosso dia a dia não nos dá muita opção na hora do almoço (até mesmo os mais afortunados que pagam uma grana para simplesmente fazer uma reunião de negócios à beira da mesa – veja bem, eles estão conversando sobre negócios, comida ali é necessidade do tempo escasso). É no jantar que você vai se dar bem. Abra uma garrafa de vinho, uma latinha de cerveja, um suco, uma coca ou mesmo um copo de água. Nem sempre será possível, é claro, porque se fosse sempre não teria graça alguma. Mas dê-se esse prazer, esse momento. Chame um amigo, o namorado, a namorada, o pai, a mãe, seja quem for. Comece cedo e não tenha pressa (embora que, com o tempo, você terá a facilidade de fazer grandes pratos em meia hora). Invente, crie, recrie, reproduza, compartilhe. 


Cozinhar é uma verdadeira forma de convívio e de agradecimento aos raros momentos prazerosos que a vida nos proporciona.

Bom apetite. 



quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pão de iogurte e cebolinhas




Tentei fazer biscoitos ontem, mas não rolou. Pouca manteiga na geladeira e muita preguiça de comprar (Shame on me!)

Daí surgiu a idéia deste pão, porque, além do marido já ter cobrado uma massa salgada (só ando fazendo coisas doces, acho que to apaixonada), tinha iogurte caseiro e cebolinhas chorosas à espera de uma receita

Peguei a da querida Claudia e só modifiquei a quantidade de farinha - substituí os 2/3 de xícara por fécula de batata - e adicionei as cebolinhas


Lindas, não?

Abaixo, com a modificação:
Na panificadora, adicione os ingredientes conforme a ordem (é essencial que o fermento biológico seja o ultimo item, já que não pode ter contato com nenhum liquido até o inicio do ciclo)




1/2 copo de água
1/2 copo de iogurte (o meu foi caseiro e desnatado)
1 colher de sopa de manteiga
1 1/2 colher chá de sal
1 colher de sopa de açucar
1 colher de sopa de leite em pó
2 xícaras de farinha de trigo
2/3 de xícara de fécula de batata
1 colher de chá de fermento em pó biológico
1 maço de cebolinha picada




Selecione o ciclo 1 (basico) e deixe misturar. Assim que a maquina apitar, adicione as cebolinhas picadas.

Eu assei diretamente na maquina, mas caso queira dar outro formato, basta selecionar o ciclo "amassar" e, ao término, trabalhar conforme a preferencia
Mais facil que isso, só comer :)


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Vaca atolada


Confesso que cometi o pecado da gula hoje. A panela borbulhante, o caldo espesso perfumando toda casa... não tive escolha, 2 pratos. D O I S P R A T O S. Ponto.

Sem mais, a receita. Mesmo porque sinto uma vontade imbatível de deitar e curtir um filme sem medo de ser feliz. Corpo letárgico pede repouso, já que toda minha energia se concentra na digestão!!

*a tradição pede costela, mas não é nossa preferencia aqui em casa, por isso, usei musculo bovino mesmo

1 kg de musculo bovino em cubos
1 kg de mandioca
1 litro de água fervente
1 cebola em pétalas
4 dentes de alho pilados com 1 col rasa de sal (dá diferença, garanto!)
Sal, pimenta e salsinha a gosto
2 envelopes de sazón vermelho

Em primeiro lugar, ferva a água que irá cozinhar a carne.
Na panela de pressão, forre o fundo com óleo e frite a cebola até caramelizar. Acrescente o alho pilado e os cubos de carne, fritando bem.
Acrescente a mandioca (a minha já estava cozida, por isso usei metade nesta etapa e a outra metade, no final), os temperos e a água fervente suficiente para cobrir. Depois que chiar, cerca de 30 min em fogo baixo.
Caso ainda haja muita água, leve à pressão novamente, o ponto é um creme espesso.
Como a mandioca que usei estava pré cozida, acrescentei a metade restante após finalizar a pressão, para que houvesse pedaços visíveis. Deixei tomar gosto na panela aberta, em fogo baixo, por mais 10 min. e pronto!

Jogue bastante salsinha no prato (ou coentro, para quem preferir) e desfrute de um belo arroz fresquinho.

Comida de mãe :)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Bolo de fubá com leite de coco



Simplicidade. É tudo o que quero nestes dias, principalmente na cozinha.
Filhote teve febre no fds, acredito que por conta dos dentinhos que devem nascer, e tive que correr para dar conta de tudo, inclusive, dos gracejos e manhas adoráveis do pequeno que só queria colo, colo e mais colo.
Mas o simples não precisa ser sem graça, certo?

Esse bolinho é bem pratico (como todo bolo de fubá, rs), mas o leite de coco dá um perfume e sabor a mais à massa, que é macia e suave na medida certa!

No liquidificador:
2 copos de fubá
1 vidro de leite de coco
1/2 copo de óleo (uso de canola ou milho)
1 copos de açúcar refinado
3 ovos
1 colher de sopa de fermento em pó químico
Bata tudo rapidamente, e despeje em forma untada e enfarinhada - apenas no fundo - e leve para assar em forno pré aquecido

Eu deixo passar ligeiramente do ponto pois gosto da casquinha crocante que se forma, mas é bom ficar de olho pois tende a ressecar

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Crepe de manga com brigadeiro de chocolate meio amargo


São exatamente 23:43 e estou saboreando meu crepe com parcimônia e o deleite dignos de quem só sentou agora!

Tamanha correria (em pleno feriado!) que nos vimos obrigados a comer um mero cachorro quente da esquina sem grandes expectativas. Mas a sobremesa... ahhhh, essa sempre nos faz falta.

Marido e eu ficamos pensando no que poderíamos fazer a esta altura para saciar a lombriga high on sugar que nos aterroriza todos os dias.... até que pensei: "porque não, crepes?"

Ele, incrédulo, questionou se realmente isso sairia da cozinha dada a alta hora e minha cara de derrotada! rs
Só que o desejo é maior que o cansaço, e a TPM... nem preciso comentar

Receitinha mega facil, que fiz com fouet, sem ajuda de batedeira ou mixer:

1 ovo
1 xícara de farinha
1 e 1/2 xícara de leite
1 pitada de sal
2 colheres de sopa de óleo

Unte uma frigideira com óleo (usei um pincel) e a aqueça previamente
Coloque pequenas porções de massa para formar os discos de crepe. Quanto mais fino, melhor!
Disponha em um prato coberto com papel toalha. A receita rendeu 7 crepes.

Recheei com pedaços de manga madura e um brigadeiro feito da seguinte forma:

1 colher de sopa de manteiga
1 lata de leite condensado
1/2 caixa de creme de leite
1/3 de tablete de chocolate meio amargo (usei Hershey's 170g)

Manteiga, leite condensando e chocolate picado na panela até derreter. Por ultimo, o creme de leite.
O ponto é entre um brigadeiro mole e uma calda grossa, preferencia aqui de casa ;)

Aí, é só montar, sentar na sala em frente a TV e esquecer as calorias!!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Canja de galinha (para dias preguiçosos)

Quando visualizei minha ultima postagem no blog, levei um susto! Quase 1 ano sem publicar nada num espaço que era meu refugio e maior prazer.

Acho que a folia dos blogs deu uma sossegada - apesar de ainda pipocarem vários pela net - mas teve um auge, aqueles anos (2006 a 2008) em que o boom foi sensível.

Enfim, não quero filosofar sobre o assunto, mas foi inevitável refletir sobre isso :)

Interessante rever as postagens antigas e ver como evoluí, tanto nas receitas quando no meu gosto. Acredito que, fazendo jus ao nome do blog, os erros e os acertos motivam quando se tem uma real paixão pelo que faz.

Apesar do tempo que levei pra voltar, sinto que nunca me afastei verdadeiramente, pois continuei cozinhando (e muito!) com (muita!) alegria. É minha válvula de escape. A cozinha é minha terapia, riam se quiserem. Eu rio quando penso nisso, porque dá trabalho. O prato pronto e a foto tirada são lindos, mas e a sujeira? A louça que ficou na pia e, nem em sonho, publicamos? A dor nas costas, nas pernas após horas a fio preparando uma receita de 63 etapas?

Loucura neh, mas eu amo. É um trabalho extremamente prazeroso, principalmente quando acerto o ponto, o tempero... principalmente quando vejo meu marido ou comensais em completo extase, saboreando e liberando "hummms" sem fim.

Todavia, contudo, porém, entretaaaanto, reinicio o blog com o post mais contraditório possível, porque, depois dessa apologia à cozinha e seus encantos, me atrevo a publicar uma receita totalmente caseira, que remete às nossas avós e mães, aquela que recorremos quando estamos indispostos ou, simplesmente, com preguiça.

Canja de galinha. É... ela mesma. E o pior: nem fiz pra mim, é o almoço do meu filho que surrupiei na maior cara de pau! rs

Não tem segredo, mesmo porque cada um tem sua receita. De qualquer forma, aqui vai (no charme do reaproveitamento!)



Peito de frango desfiado (tinha sobras de frango assado na geladeira)
1 cenoura em cubos
1/2 abobrinha em cubos
1/2 cebola em cubos
1/2 chuchu em cubos
3 folhas de couve
1 tomate em cubos
1 xícara de arroz
Sal a gosto
Azeite

Mais simples, impossível: na panela de pressão, aqueça o azeite e doura a cebola inserindo o peito de frango desfiado em seguida. Após, adicione o tomate e deixe apurar até começar a grudar na panela (isso deixa um perfume e sabor incríveis, tbm doando cor ao caldo). Em seguida, todos os demais ingredientes e água fervente até cobrir. Pressão e voilá! Após 10 minutos, voce e seu bebe serão muito felizes

Que mãe nunca comeu a comidinha do filho neh? Entre nós... rs